A Miastenia Gravis (MG) é uma doença neuromuscular autoimune que causa fraqueza nos músculos voluntários, aqueles que usamos para nos movimentar, falar, engolir e até respirar. O principal sinal da doença é a fraqueza que piora com o uso dos músculos e melhora com o descanso.
A MG ocorre porque o sistema imunológico, que normalmente protege o corpo contra infecções, ataca por engano a conexão entre os nervos e os músculos. Isso prejudica a transmissão dos sinais nervosos, impedindo a contração adequada dos músculos e resultando em fraqueza progressiva.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
Pálpebras caídas (ptose palpebral) – Um dos primeiros sinais da doença.
Visão dupla (diplopia) – Dificuldade para focar os olhos.
Fala arrastada e dificuldade para engolir – A voz pode ficar fraca e as palavras pouco articuladas.
Fraqueza nos braços e pernas – Atividades simples, como levantar objetos ou subir escadas, tornam-se difíceis.
Cansaço excessivo e piora ao longo do dia – A fraqueza muscular aumenta com o esforço e melhora com o descanso.
Em alguns casos, a fraqueza pode afetar os músculos responsáveis pela respiração, causando uma crise miastênica, que é uma emergência médica e exige atendimento imediato.
O neurologista pode solicitar diferentes exames para confirmar a Miastenia Gravis, como:
Teste do edrofônio – Um medicamento que melhora temporariamente a força muscular.
Exames de sangue – Para detectar anticorpos que afetam a conexão entre nervos e músculos.
Eletromiografia (EMG) – Mede a resposta dos músculos aos impulsos nervosos.
Tomografia ou ressonância magnética do tórax – Para avaliar a presença de alterações na glândula do timo, que pode estar associada à doença.
Apesar de não ter cura, a Miastenia Gravis pode ser controlada com tratamento adequado, permitindo que os pacientes levem uma vida normal. As opções incluem:
Medicamentos – Como os inibidores da acetilcolinesterase (ex: piridostigmina), que melhoram a transmissão dos sinais nervosos.
Corticóides e imunossupressores – Reduzem a resposta autoimune do organismo.
Plasmaférese e imunoglobulina intravenosa (IVIG) – Tratamentos utilizados em casos graves para remover os anticorpos prejudiciais.
Cirurgia do timo (timectomia) – Pode ajudar em alguns pacientes, especialmente quando há um tumor na glândula tímica.
Se você notar fraqueza muscular progressiva, pálpebras caídas, dificuldade para falar ou engolir, procure um neurologista. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento e evitar complicações.
Com o acompanhamento correto, a maioria dos pacientes pode manter uma boa qualidade de vida!