Entenda o que é epilepsia: seus tipos de crises, causas, como é feito o diagnóstico e as opções de tratamento para controlar a doença e viver melhor. Saiba como ajudar durante uma crise.
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A epilepsia é uma condição neurológica que se manifesta por crises epilépticas recorrentes. Essas crises acontecem por causa de "curto-circuitos" ou descargas elétricas anormais no cérebro. Elas podem aparecer de várias formas, desde breves momentos de "desligamento" (ausências) até movimentos descontrolados e perda de consciência.
A epilepsia pode afetar pessoas de todas as idades, e suas causas são variadas. Em muitos casos, a origem exata da doença não é descoberta.
A epilepsia pode ter várias causas, incluindo:
Lesões cerebrais: Como as causadas por batidas na cabeça (traumatismos cranianos), derrames (AVC) ou infecções (como meningite).
Alterações genéticas: Problemas no DNA que a pessoa já nasce com.
Tumores cerebrais: Crescimentos anormais no cérebro.
Distúrbios do desenvolvimento neurológico: Condições como o autismo, que podem estar ligadas à epilepsia.
Causas desconhecidas (idiopáticas): Quando não há uma razão clara para as crises.
As crises epilépticas são divididas em dois grandes grupos:
1. Crises Focais (ou parciais)
Ocorrem em apenas uma parte específica do cérebro.
Podem causar movimentos involuntários em um braço ou perna, sensações estranhas ou alterações nos sentidos.
Algumas pessoas permanecem conscientes, enquanto outras podem ficar confusas ou desorientadas durante a crise.
2. Crises Generalizadas
Atingem todo o cérebro ao mesmo tempo.
Podem causar perda de consciência, quedas e contrações musculares intensas (convulsões).
Um exemplo comum é a crise tônico-clônica, que envolve o corpo ficar rígido seguido de espasmos fortes.
O diagnóstico da epilepsia é feito pelo médico, geralmente um neurologista. Ele se baseia na descrição das crises e pode pedir exames complementares, como:
Eletroencefalograma (EEG): Registra a atividade elétrica do cérebro e pode mostrar padrões anormais.
Ressonância magnética (RM): Avalia a estrutura do cérebro para identificar possíveis causas das crises, como lesões ou tumores.
Exames laboratoriais: Para investigar outras condições de saúde que possam estar causando ou contribuindo para as crises.
Sim! Embora a epilepsia não tenha uma cura definitiva na maioria dos casos, o tratamento adequado pode controlar as crises e permitir que a pessoa tenha uma vida normal.
As principais formas de tratamento para epilepsia incluem:
Medicamentos antiepilépticos: São a base do tratamento e ajudam a reduzir ou eliminar as crises.
Cirurgia: Em alguns casos específicos, a cirurgia pode ser indicada quando os remédios não são eficazes para controlar as crises.
Dieta cetogênica: Uma alimentação rica em gorduras e pobre em carboidratos pode ser útil em alguns tipos de epilepsia que não respondem bem aos medicamentos.
Estimulação cerebral: Técnicas como a estimulação do nervo vago podem ajudar no controle das crises.
Se você presenciar alguém tendo uma crise convulsiva, siga estas orientações para ajudar de forma segura:
✅ Mantenha a calma e afaste objetos que possam machucar a pessoa.
✅ Coloque-a de lado para evitar que ela aspire saliva ou vômito.
✅ Não tente segurar a pessoa ou colocar objetos na boca dela.
✅ Cronometre a duração da crise: Se durar mais de 5 minutos, chame o socorro médico imediatamente (SAMU ou pronto-socorro).
✅ Após a crise, ofereça apoio e espere até que a pessoa recupere a consciência.
A epilepsia pode ser controlada em grande parte dos casos com o tratamento adequado. Algumas pessoas conseguem parar de tomar os medicamentos depois de anos sem crises, mas isso só deve ser feito com a orientação e acompanhamento de um médico.
Com o tratamento correto, a maioria das pessoas com epilepsia pode levar uma vida normal, estudando, trabalhando e praticando atividades físicas. O mais importante é o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico contínuo.
Se você ou alguém próximo apresenta crises que podem ser epilepsia, procure um neurologista para uma avaliação detalhada!